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200 _aLavar dos cestos
_eliturgia de vinhas e guerra
_fJosé Brás
210 _aLisboa
_cChiado books
_d2024
215 _a416, [2] p.
_cbrochado
_d23 cm
330 _aProtagonista e espectador de si próprio e da forte realidade no centro da mata subtropical do sul da Guiné, ainda, então, colónia portuguesa à força do regime de Salazar, Filipe Bento inicia uma viagem de vai e vem, contra a linearidade da acção e mesmo do espaço e do tempo, que o irá retirar do agressivo lugar de guerra da zona de Medjo-Guiledje, navegando à sorte pelo Rio Cacine, por Catió, por outras zonas de guerra, até Bolama, até Bissau, tendo em mira a volta a Lisboa e ao Quartel de Caçadores de infantaria, onde, equivocado, julga ir deixar os restos de si dos últimos dois anos. Filipe Bento anseia encontrar os meninos da sua aldeia e não os encontra. Busca perceber como é que esses companheiros nascidos já escravos das vinhas, se haviam transformado em soldados prontos a marchar para uma quente e longínqua terra e uma guerra de que pouco ou nada conheciam. Em que escola, em que catequese, em que relações de poder envolvendo gente sem terra, ganhões de jorna pouca, pequenos agricultores, GNR’s, negociantes, armazenistas, caciques locais e "land lords" de extensas vinhas e grandes adegas, com interesses económicos já noutros negócios, patrões a quem começavam a faltar a mão de obra local e os beirões para tratar de suas terras. E, na sua atormentada busca, Filipe Bento volta ao mato do sul da Guiné, às emboscadas, às patrulhas, aos miseráveis aquartelamentos onde vivera. Volta a Medjo/Guiledje e ao Corredor da Morte e aos amigos feridos e mortos. E retorna às vinhas de seus avós, à ingenuidade da mosca na base do sistema de um Poder e de um regime que se mantinha no mito do Império que nunca o foi, e descobrindo que alguns desses meninos que reencontra, começavam a aprender sobre a guerra em África, o que não sabiam quando para lá partiram.
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_aLiteratura Portuguesa
610 _aGuerra de Independência--Guiné-Bissau
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